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O Mito da Criatividade

  • Foto do escritor: Renata Castilho
    Renata Castilho
  • 26 de set.
  • 3 min de leitura

Eu sou o que chamam de “artista multiplataforma”. Estou na fotografia, na produção de vídeos, textos e na composição (e interpretação) de músicas. Lembro-me de ter escrito minha primeira música aos 12 anos (2003) e, até hoje, nunca parei de escrever.


No último ano, escrevi incontáveis roteiros para vídeos curtos e longos (neste último semestre, em média, pelo menos uns 200). Em 2022, escrevi (e gravei) cerca de 30 músicas diferentes para diferentes produtores.


Quando a sua arte é o seu ofício, a criatividade não é negociável. Ela parte do seu processo de trabalho.



Através da CAST Creations Brasil, tive a oportunidade de conhecer e produzir conteúdos para os mais diferentes nichos. Com muito orgulho, você encontra no nosso portfólio: advogados, médicos veterinários, esteticistas, academias, lutadores, confeitarias, lojas de acessórios para celular, arquitetura e design de interiores, entre outros.


Como diretora criativa, é normal questionarem como surgem tantas ideias para nichos tão distintos — e mais desafiador ainda, quando existem clientes da mesma especialidade dentro do nicho.


No entanto, para aqueles que não se consideram naturalmente criativos, existe uma romantização da criatividade, quase como se fosse um dom divino que não é possível alcançar. Na minha visão, esse tipo de afirmação só serve para causar um belo bloqueio criativo (e nada mais).


A criatividade é algo absolutamente treinável… e adestrável! Mesmo para a arte, existe técnica — e quem lhe diz o contrário, está mentindo. É possível organizar o seu processo criativo de forma que você possa acessá-lo a qualquer momento. A organização desse processo é bastante particular de profissional para profissional.


Por exemplo, ao me preparar para planejar uma sessão de fotos ou vídeos, eu procuro mergulhar nas referências que foram estudadas no briefing. Gosto de fazer isso como se fosse um momento de lazer. Coloco uma música e curto o momento. Abro uma pasta no Pinterest e/ou Instagram, faço a curadoria de materiais que mais são compatíveis com as referências, como se estivesse buscando inspirações para um projeto pessoal.


Nesse momento, a regra é apenas mergulhar, sem uma autocobrança. Esse sistema me faz gostar ainda mais dos projetos que realizo como também treina o meu cérebro para que esteja pronto no momento dos cliques, deixando tudo ainda mais interessante para o cliente.


Para exercitar sua criatividade, é necessário aprender a admirar o mundo ao seu redor. Em um momento em que o mercado de trabalho está repleto de autônomos, o descanso é quase um pecado.


No entanto, a sua criatividade depende de tempo e repertório.

O seu tempo de descanso fazendo atividades como assistir a um filme, ler um livro ou passear no parque podem resolver o seu bloqueio criativo de uma forma mais eficaz do que passar horas na frente do problema a ser resolvido, sem ver a luz do sol.


Para organizar o seu processo criativo é necessário entender o seu funcionamento em relação à criatividade. Para muitos, o primeiro passo é olhar uma pasta de referências distintas e, para outros, o melhor caminho é uma tela em branco.


Uma dica é relembrar quais foram os projetos de maior fluidez na criatividade e identificar quais foram as variáveis na produção que podem ser replicadas. Por exemplo: “Na campanha de Dia dos Namorados que produzi conteúdo para a marca X, iniciei com uma análise de campanhas anteriores de outras marcas, para inspiração, anotando os momentos mais emocionantes em um papel.”


Sempre que compreender um padrão de sucesso, replique-o. 

Não existe um processo criativo que seja regra para todos — cada profissional é único, logo, permita-se aventurar e curtir cada momento do seu.

 
 
 

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